Sinceramente nem sei bem por onde começar. Sou completamente obcecada
por esta trilogia. Muito, muito melhor do que pude imaginar quando comecei a
ler.
O segundo livro, Insurgente, começa exactamente onde o Divergente
acaba, ainda com os personagens dentro do comboio. Nem é preciso ir relembrar o
final e para mim isso foi perfeito, quase como se fosse um só livro, mas noutro
capitulo.
A historia é toda muito focada na acção, no movimento e na luta, mas
quando a autora decide que a Tris e o Quatro têm de estar juntos, são cenas que
nos preenchem totalmente e acaba por compensar toda aquela agitação em que
vivem constantemente. Faz com que o livro seja super fácil de ler, muito
dinâmico e sempre em andamento... Que por vezes não nos dá tempo para acabar de
processar o que aconteceu e eles já estão metidos noutra. As minhas duvidas
levantam-se mais depressa do que obtenho respostas.
Os personagens são constantemente desafiados e percebe-se o seu
crescimento de um livro para o outro. Quase como se os tivéssemos a viver nós
mesmos. E por isso sempre que morre alguém é quase um choque para mim, fiquei
parva com algumas coisas que aconteceram, não que tenham sido personagens
importantes, mas que de uma maneira ou de outra foram marcantes e não deviam
ter morrido, principalmente da forma como morreram.
Neste livro temi o pior para a Tris e o Tobias, não só a nível
pessoal, mas também como casal.
A Tris mostrou-se ainda mais determinada em lutar pelas suas
convicções mesmo que isso implicasse ir contra os outros e esconder segredos e
mentir. Mas é tão apaixonante de ver a sua luta interior para salvar aqueles
que ama que facilmente aceitamos os erros dela perante as situações em que se
encontra quando os toma, e que honestamente também tomava. Já Tobias, ou Quatro, por quem
me apaixonei no primeiro livro, parece
que ficou estúpido de repente e só me dá vontade de lhe dar umas abanadelas a
ver se acorda. Também ele decidiu seguir a sua intuição que não passava de
ideias ingénuas e incoerentes com a sua maneira de ser. Demasiado crédulo para
aquilo que estava à espera.
No entanto conseguem sempre acabar por se entender, o que faz com que
seja um retrato bem fidedigno da realidade, uma vez que nós também nos zangamos
e depois lá acabamos por nos resolver, por perdoar e esquecer. Talvez por isso
seja tão fácil de nos apaixonarmos por eles e querermos que tudo corra bem
entre os dois.
E depois tudo muda e tudo de sabe. As novas personagens que entram são
tudo menos confiáveis. Eu lia a maneira de falar e só queria que eles virassem
costas e fossem embora, tamanha era a falsidade que eu sentia vir daquela
gente. Não me quero armar em spoiler, mas o Tobias vem de uma família que OMG.
Nem sei como é que ele saiu assim tão fofinho, mas percebo porque é que é parvo
em acreditar no que lhe dizem... A esperança é sempre a ultima a morrer!
Nos últimos capítulos do livro comecei a ficar com uma revolta tal que
nem vos sei dizer. O Tobias armado em parvo (não se eu o desculparia...), Tris
a levar uma luta às costas e depois é aquilo? Eu estou aqui a controlar-me para
não vos contar. Afinal nada naquilo era real. Os personagens ficaram todos de
cara à banda e eu também. Só me apetecia bater na autora por ter estragado
todos os meus sonhos com aquele final parvo. Mas ao mesmo tempo foi precisamente
por causa desse final que a primeira coisa que fiz no dia seguinte foi comprar
o ultimo livro e não fiz mais nada até o acabar de ler (ainda bem que era domingo ;b).
E é disto que gosto, de finais tão criativos que é impossível parar de
ler, tão revoltantes que ficamos com vontade de bater em alguém e tão
apaixonantes que por muito em desacordo que estejas, sabes que tens de saber o
que acontece depois!
Parabéns Veronica Roth, à muito tempo não lia algo tão diferente e tão
apaixonante!
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