Numa semana li Divergente, Insurgente e Convergente, e fui ao cinema ver o primeiro filme. Não consegui parar de ler,
queria e precisava de saber mais, de saber o final. E é com um vazio, uma
saudade que chego ao fim a desejar que houvesse mais. Vou ler novamente,
simplesmente porque é demasiado bom para ficar por aqui.
Em Convergente, a história é narrada alterando a perspectiva entre
Tris e Tobias. E finalmente entramos na cabeça dele, mesmo que continue a achar
algumas atitude irreais, consigo entender melhor o porquê de as tomar. Acho no
entanto que a autora não foi muito feliz na escrita pela cabeça de Tobias, que
era praticamente indissociável da de Tris, o que me fez voltar ao inicio do
capitulo algumas vezes para ver quem estava a “falar”.
Neste livro a forma como são retratados os geneticamente danificados e
os supostamente puros é demasiado intensa, e passa mesmo a mensagem de superioridade
dos GP sobre os GD.
Esta história desgasta a relação de Tris e Tobias, envolvendo Nita,
uma nova personagem que achei que vinha ameaçar a relação deles... E apesar de
mais uma vez Tobias achar que sabe e pode, as coisas lá acabam por se compor,
com todas as consequências que decorrem das decisões tomadas.
Tris finalmente encontra o equilíbrio entre a abnegada e a intrépida que
tem dentro dela, muito mais adulta e com uma intuição inteligente incrível. Enquanto
o crescimento e desenvolvimento de Tobias é menos evidente e mais esparso,
condicionam toda a acção de uma forma impensável para quem conheceu o Quatro.
De qualquer forma eu vivi com uma intensidade quase assustadora o sofrimento
dos dois e chorei (baba e ranho, entenda-se) com Tobias e por Tris.
Foi de uma maneira frenética que li capitulo atrás de capitulo para
chegar ao final que me devastou mais do que achei possível. A autora passou a
trilogia a matar personagens, mais ou menos marcantes e ainda assim achou
necessário matar para ter um final, um final que ainda me custa a crer. Apesar
de agora compreender que possa fazer sentido que assim seja, acho que se podia
ter dado uma volta qualquer à questão. Para fazer justiça a uma personagem tão
humana e bonita que merecia mais do que aquilo que lhe foi destinado.
Só digo isto porque esta historia se entranhou em mim de uma forma
inexplicável e este final deixou uma sensação de vazio que não costumo ter
frequentemente. De outra forma, compreendo que seja o final indicado para um
fecho definitivo de uma saga tão emocionante.
Convergente
é o ultimo livro de uma historia que me marcou muito e é com um grande carinho
que me despeço, por entre lágrimas, dos personagens. Uma série que inclui ingredientes tão
cativantes como a acção, o instinto de sobrevivência e acima de tudo, como pode
ocorrer uma história de amor, em situações tão dramáticas e propicias a
desconfianças
A narrativa de Veronica Roth é
sem duvida apaixonante, consegue transportar-nos para a historia ao ponto de
darmos por nós a rir, tensos, revoltados e até a chorar. Foi uma trilogia que
me surpreendeu bastante e que veio para ficar com uma das minhas preferidas,
que tenho a certeza que vou ler de novo. A autora matem-se fiel a um principio
desde o inicio que não muda de uns livros para os outros. A parte politica dos
livros está bem elaborada, desde as facções à noticia surpreendente e
inesperada, devo dizer, do final de Insurgente, que elevou tudo a outro nível.
Com Covergente a autora dá-nos uma lição de vida que vai para sempre marcar-me
e deixar alguns dos personagens na minha memória.
Resta-me felicitar a autora pela
trilogia mais apaixonante de sempre, pelo seu compromisso com as personagens e
por não ceder às expectativas e escrever o final que mais lhe pareceu correcto.
Mesmo que não concorde e ache que podia ter sido diferente, sei que é por causa
de toda a história que levou a este final que esta série me marcou tanto e que
teve o impacto que teve em mim. Sei que se lerem vão intender o que vos digo :)
Olá eu também já li os livros e gostei mas não achei os melhores livros do ano nem nada do género. É uma leitura agradável e leve apesar do final ser triste. Um livro que dizem ser bom e que já vi a venda no continente (sei que é o teu sitio predilecto para comprar livros) é o livro "A culpa é das estrelas" de John Green e que agora também esta disponível nos cinemas. Bjs :)
ResponderEliminarEu li o livro e juro que chorei muito no final mas sinceramente ela não merecia este final , podia ter sido um final bem diferente, talvez até muito melhor.
ResponderEliminarBeijinhos ,
Julie
http://araparigadeluvasrosa.blogspot.pt
Olá,
ResponderEliminartambém li os livros e realmente estes livros estão maravilhosos, concordei com tudo o que disseste (dava por mim a ler o teu post e a fazer que sim com a cabeça, ahahah) chorei baba e ranho e ela era demasiado boa para acabar assim, faziam um par tão lindo (na minha cabeça claro) tal como disses-te estes livros marcaram imenso a minha maneira de ver as coisas, tenho pena de já ter acabado porque já estava com a sensação que conhecia as personagens na realidade, pois já se tornava uma rotina lê-los.
já indiquei os livros a uma serie de pessoas foi grassas a ti e a uma amiga que os li e por isso estou-te muito grata :)
Beijinhos